segunda-feira, 24 de setembro de 2012


A FLORESTA AMAZÔNICA PEDE SOCORRO!

Quero respirar fundo...
Quero o barulho dos animais.
Desmatar é matar-se pelas costas
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A maior biodiversidade do mundo espalhada em cerca de sete milhões de quilômetros quadrados – essa é a Floresta Amazônica, que está presente no Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. No país, a área é chamada de Amazônia Legal, com 5.217.423 km², e abrange os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte dos Estados do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. “A Amazônia é de longe o bioma mais diverso do planeta, com 10% de toda a flora. Para se ter uma ideia, enquanto a Amazônia possui 5.000 espécies de árvores, a América do Norte inteira possui apenas 650”, compara Magno Botelho Castelo Branco, doutor em Ecologia e Recursos Naturais e presidente da organização Iniciativa Verde.
 “Com toda essa diversidade de climas, solos, relevos e ambientes distintos, conectados geograficamente ou não, a Amazônia é considerada a maior floresta tropical e maior banco genético do planeta, com mais de 1,5 milhões de espécies vegetais catalogadas, além de três mil espécies de peixes e 950 espécies de aves, e uma rica diversidade de répteis, anfíbios, mamíferos e insetos, muitos deles ainda nem catalogados pelos cientistas”, complementa Adriana Maria Imperador, doutora em Ciências da Engenharia Ambiental e professora da Universidade Federal de Alfenas (Unifal). 
Há ainda muitos “tesouros” guardados na Floresta Amazônica. “É importante ressaltar que, devido a sua extensão, parte de sua biota (conjunto de seres vivos de um ecossistema) ainda não foi identificada, o que aumenta ainda mais sua importância para a biodiversidade mundial”, diz Branco. De acordo com Adriana, muitas destas espécies podem trazer benefícios imensuráveis ao homem, como a cura de doenças, servir como fonte de alimento, para a produção de remédios e cosméticos, além trazer benefícios ecológicos e ambientais.
A Amazônia, segundo a pesquisadora, também apresenta grande diversidade étnica com comunidades tradicionais indígenas, ribeirinhas e de seringueiros, que vivem dos produtos extraídos da floresta e são possuidoras de conhecimento empírico hoje muito valorizado e resgatado por estudiosos do mundo todo.